quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Associação Cultural e Socioambiental Velho Chico

Através de uma breve entrevista, conversamos com o professor Wellington Magalhães, diretor, presidente e fundador da Associação Cultural e Socioambiental Velho Chico (ACSVC), que nos contou como tudo começou, a história da associação e os planos para o futuro.
O início dessa história foi há cinco anos, quando D. Luiz Cappio, bispo católico brasileiro, utilizou como estratégia de luta uma greve de fome assumindo publicamente sua posição contrária ao projeto do Governo Federal de transposição das águas do Velho Chico. Foi aí que professor Wellington, seus alunos e outros professores ficaram curiosos e resolveram tentar entender como realmente estavam as condições ambientais e sociais do rio e do povo ribeirinho.
“Nesta ocasião, senti um forte apelo interior para ir ao oeste da Bahia conhecer de perto as condições do rio e do seu povo”, diz Wellington, que desceu 500 quilômetros do Velho Chico, em um caiaque, e passou por lugares muito degradados ambiental e socialmente. Quando voltou, mobilizou muitas pessoas e criou a ACSVC, que luta pela revitalização do Rio São Francisco, bem como pela melhoria da condição social do trabalhador rural ribeirinho. Sua missão é integrar, mobilizar as comunidades educativas e a sociedade em geral, conscientizando-os sobre os problemas relacionados ao meio ambiente, em especial do rio São Francisco e de sua população.
Através da mobilização de 24 instituições educacionais, da Pastoral da Comunicação, de empresas privadas e do Programa Chão e Paz transmitido pela TVE/Bahia, a associação contribuiu para a melhoria da qualidade de vida dos ribeirinhos e para a bacia hidrográfica do São Francisco, com ações de, por exemplo, doações de cestas básicas, doação de mudas para serem plantadas nas margens do rio e, para 2011, além do plantio de mais 15 mil árvores, a meta principal é implantar o projeto de educação ambiental e coleta seletiva nas instituições de ensino, empresas e comunidades. O objetivo é recolher resíduos, que serão geradores de recursos, e os valores provenientes da reciclagem, serão destinados a manutenção das atividades de caráter socioambientais da ACSVC e do Viveiro São Francisco de Assis.
Pelo menos uma vez por ano vou à região oeste da Bahia para olhar e sentir as águas do velho Chico no corpo. É uma forma de alimentar minha relação amorosa com ele e sua defesa.”, diz o professor, comprovando sua paixão pelo rio. Esse projeto já mobilizou aproximadamente trinta mil pessoas. E segundo Wellington a parte mais gratificante de tudo é ser reconhecido pelas crianças como o “Tio Velho Chico”, o professor que defende a natureza. E a maior dificuldade é a falta de auxilio por parte de muitos que podem ajudar, porém negam.
“Meu maior sonho é transformar a Associação em uma entidade sólida financeiramente e ser uma referencia de organização, honestidade e amor à natureza e a Deus.”, confessa professor Wellington.

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